Eles já vivem juntos há cinco anos. São homens e se amam e "todo mundo" sabe. Agora, até a Justiça. Nesta semana foi celebrada a união civil de um casal gay de Limoeiro do Norte, no Vale do Jaguaribe. É a terceira no Estado desde a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) reconhecendo a união civil estável homossexual. Em Maracanaú, Íris Diana e Glaucivânia Leite tomemoram o casamento com registro em cartório e comunhão de bens. Foi a primeira união civil em cartório no interior e segunda no Estado. Escolheram o dia 13 de maio, de "Nossa Senhora de Fátima", de quem são devotas. Pretendem adotar um menino, e realizar o sonho de mães.
Nunca foi segredo que José Aristides é gay, que ama Thiago Campelo, que disse sim ao amor em janeiro de 2006, desde quando estão juntos. Tal como um casal heterossexual, eles têm planos, projetos de cônjuges, conquistas pessoais, profissionais, e confessam dois sentimentos mútuos considerados essenciais à união: amor e confiança. Com a nova decisão judicial não faltou mais nada para que realizassem o sonho do casamento. "A gente sabia que não podia, a não ser que saísse do País. Com a lei aprovada no Brasil, a gente decidiu", diz Aristides, professor de escola pública municipal. E na companhia dos familiares, amigos e colegas de trabalho, foi selada em cartório "a união homoafetiva estável" de Aristides e Thiago no dia 23 de maio.
Nunca foi segredo que José Aristides é gay, que ama Thiago Campelo, que disse sim ao amor em janeiro de 2006, desde quando estão juntos. Tal como um casal heterossexual, eles têm planos, projetos de cônjuges, conquistas pessoais, profissionais, e confessam dois sentimentos mútuos considerados essenciais à união: amor e confiança. Com a nova decisão judicial não faltou mais nada para que realizassem o sonho do casamento. "A gente sabia que não podia, a não ser que saísse do País. Com a lei aprovada no Brasil, a gente decidiu", diz Aristides, professor de escola pública municipal. E na companhia dos familiares, amigos e colegas de trabalho, foi selada em cartório "a união homoafetiva estável" de Aristides e Thiago no dia 23 de maio.
Dia Municipal
Foi o primeiro registro civil de união estável para casais do mesmo sexo em Limoeiro do Norte, Município que há quatro anos aprovou, na Câmara Municipal, o Dia Municipal da Consciência Homossexual. "É um progresso, quem imaginava ver uma situação como essa? O cartório ficou cheio, e as pessoas nos viam e ninguém nos tratou com desdém", comemorou Aristides. Para o casamento vieram pessoas de outros Municípios, até desconhecidos, mas que queriam presenciar o momento.
"Foi uma das maiores conquistas da associação. Estamos felizes", afirmou Arízio Barros, presidente da Associação dos Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais de Limoeiro, grupo que existe há cinco anos e possui cerca de 250 associados na região jaguaribana. Foi em 5 de maio de 2011, "o dia que entrou para a história", segundo os próprios ministros do STF, o marco para as uniões civis homossexuais no País - em casos isolados, casais já haviam conquistado esse direito.
Decisão judiciária
Foi no dia 5 de maio de 2011 que os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram reconhecer a união civil estável de casais do mesmo sexo. A aceitação do STF vai de acordo com o que já era adotado em instâncias inferiores do Judiciário, embora em casos isolados. Segundo a Comissão de Diversidade da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), já houvera reconhecimento, antes do STF, de 1.026 casais do mesmo sexo no País. A corte ainda não se manifestou sobre a extensão de outros direitos, como adoção, ou mesmo inseminação "in vitro", mas já considera que a última decisão facilitará esses processos, como adoção, se reivindicado individualmente pelos casais. O secretário da Cultura de Limoeiro, Renato Remígio, vê como uma conquista ao "respeito pelos direitos de união afetiva e um combate à discriminação e ao preconceito que ainda é muito evidente na sociedade".
Informações: Diário do Nordeste / Reportagem e Foto: Melquíades Júnior
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