O radialista Nicanor Linhares, foi morto no início da noite de segunda-feira, 30 de junho de 2003, dentro do estúdio da Rádio Vale do Jaguaribe, no município de Limoeiro do Norte, enquanto gravava o programa ‘Encontro Político’, no qual abordava temas da política da região.
Segundo uma testemunha, duas pessoas encapuzadas invadiram a rádio e dispararam contra Linhares. O radialista tentou se proteger, trancando a porta do estúdio, mas ela foi arrombada. De acordo com o laudo do IML, foram encontradas 11 perfurações de tiros no corpo, sendo três na cabeça.
Nicanor Linhares Batista, por Maurilo Freitas
1988 - Naquele ano, surgiu em Limoeiro do Norte, uma das figuras mais polêmicas da radiodifusão limoeirense. Vindo dos seringais da Amazônia assumiu os microfones da Rádio Educadora Jaguaribana o controvertido radialista Nicanor Linhares Batista, que em breve se transformaria em um mito em toda região jaguaribana e que viria influenciar contundentemente na política limoeirense.
Com o respaldo do proprietário da emissora, Nicanor começou a direcionar suas críticas aos políticos sem poupar a nenhum deles. Utilizava o poder da mídia para incentivar desavenças entre políticos conseguindo com isso, fazer vezes de mediador. Venerado não pelas suas qualidades como profissional do rádio exatamente, mas porque tinham medo da sua língua, todos os políticos limoeirenses – e até alguns do Estado – faziam questão de está com ele de braços e abraços, quando estabeleciam um jogo de cumplicidades. Em pouco tempo de rádio, Nicanor aumentou consideravelmente o seu patrimônio, tornando-se um homem rico, às custas dos níveis altíssimos de audiência, estimando-se que falava para 300 mil pessoas em toda região jaguaribana no horário pico do meio dia.
A propósito, é oportuno o momento para comentarmos um pouco sobre o papel e a função do rádio no trabalho de informar a sociedade. No caso de Limoeiro do Norte as duas mais importantes emissoras de rádio, têm suas histórias de uma prestação de relevante serviço social. Com o passar do tempo, as rádios deixaram de ter importância sumamente social e passaram a ser objeto de faturamento. Em primeiro lugar os antigos donos, sem nenhum compromisso com o trabalho informativo das emissoras e não querendo assumir a responsabilidade de bem administrar, as “venderam” para não limoeirenses, comprometidos apenas com o alto faturamento a qualquer custo.
Segundo uma testemunha, duas pessoas encapuzadas invadiram a rádio e dispararam contra Linhares. O radialista tentou se proteger, trancando a porta do estúdio, mas ela foi arrombada. De acordo com o laudo do IML, foram encontradas 11 perfurações de tiros no corpo, sendo três na cabeça.
Nicanor Linhares Batista, por Maurilo Freitas
1988 - Naquele ano, surgiu em Limoeiro do Norte, uma das figuras mais polêmicas da radiodifusão limoeirense. Vindo dos seringais da Amazônia assumiu os microfones da Rádio Educadora Jaguaribana o controvertido radialista Nicanor Linhares Batista, que em breve se transformaria em um mito em toda região jaguaribana e que viria influenciar contundentemente na política limoeirense.
Com o respaldo do proprietário da emissora, Nicanor começou a direcionar suas críticas aos políticos sem poupar a nenhum deles. Utilizava o poder da mídia para incentivar desavenças entre políticos conseguindo com isso, fazer vezes de mediador. Venerado não pelas suas qualidades como profissional do rádio exatamente, mas porque tinham medo da sua língua, todos os políticos limoeirenses – e até alguns do Estado – faziam questão de está com ele de braços e abraços, quando estabeleciam um jogo de cumplicidades. Em pouco tempo de rádio, Nicanor aumentou consideravelmente o seu patrimônio, tornando-se um homem rico, às custas dos níveis altíssimos de audiência, estimando-se que falava para 300 mil pessoas em toda região jaguaribana no horário pico do meio dia.
A propósito, é oportuno o momento para comentarmos um pouco sobre o papel e a função do rádio no trabalho de informar a sociedade. No caso de Limoeiro do Norte as duas mais importantes emissoras de rádio, têm suas histórias de uma prestação de relevante serviço social. Com o passar do tempo, as rádios deixaram de ter importância sumamente social e passaram a ser objeto de faturamento. Em primeiro lugar os antigos donos, sem nenhum compromisso com o trabalho informativo das emissoras e não querendo assumir a responsabilidade de bem administrar, as “venderam” para não limoeirenses, comprometidos apenas com o alto faturamento a qualquer custo.
Multidão lota ginásio da Escola Normal em Limoeiro do Norte, durante o velório do radialista Nicanor Linhares Batista, em 2003.
Não resta dúvidas que Nicanor Linhares foi peça fundamental nessa radical mudança na prestação de serviço das emissoras limoeirenses e podemos afirmar que com a sua chegada a radiofonia jaguaribana passou a ter uma outra história. Com a implantação de programas políticos e que tinha como finalidade faturar cada vez mais, Nicanor acendeu cifrões nas pupilas não só dos proprietários, mas também dos outros profissionais do rádio, quando passaram a sentir uma espécie de inveja, o vendo enriquecer tão rapidamente.
Impressionados com a facilidade com que Nicanor aumentava os números em sua conta bancária, muitos decidiram se espelhar na sua forma de trabalho, criando um vício falar sobre política em todos os horários. Enquanto isso, os programas populares, ou seja, os tão necessários programas musicais, deixaram de ser importantes, posto que, com eles o faturamento além de menor era lento e isso não interessava nem aos maus profissionais e muito menos aos donos das emissoras.
Não resta dúvidas que Nicanor Linhares foi peça fundamental nessa radical mudança na prestação de serviço das emissoras limoeirenses e podemos afirmar que com a sua chegada a radiofonia jaguaribana passou a ter uma outra história. Com a implantação de programas políticos e que tinha como finalidade faturar cada vez mais, Nicanor acendeu cifrões nas pupilas não só dos proprietários, mas também dos outros profissionais do rádio, quando passaram a sentir uma espécie de inveja, o vendo enriquecer tão rapidamente.
Impressionados com a facilidade com que Nicanor aumentava os números em sua conta bancária, muitos decidiram se espelhar na sua forma de trabalho, criando um vício falar sobre política em todos os horários. Enquanto isso, os programas populares, ou seja, os tão necessários programas musicais, deixaram de ser importantes, posto que, com eles o faturamento além de menor era lento e isso não interessava nem aos maus profissionais e muito menos aos donos das emissoras.