Ministérios Públicos Federal, Estadual e a Procuradoria Regional do Trabalho pediram à Justiça Federal o fim das pulverizações aéreas com agrotóxicos na Chapada do Apodi, entre Limoeiro do Norte e Quixeré e na divisa com o Estado do Rio Grande do Norte.
Pesquisa científica que comprova a contaminação de trabalhadores e dos recursos hídricos daquela região e até mesmo reportagens do próprio Diário do Nordeste foram elementos de fundamentação da Ação Civil Publica conjunta dos órgãos públicos. O pedido de liminar é feito contra quatro grandes empresas agrícolas, federação de produtores, Semace, Ibama e as prefeituras de Limoeiro e Quixeré. A causa é avaliada em R$ 10 milhões.
Restos de agrotóxicos são despejados no solo, prejudicando a população e poluindo o lençol freático. (Foto: Melquíades Júnior)
A ação pública com pedido de liminar requer a suspensão imediata da pulverização aérea no polo agrícola da Chapada do Apodi, que constitui uma das principais regiões fruticultoras do Nordeste. São réus da ação, além dos órgãos públicos, as empresas Del Monte Fresh Produce Brasil, Fazenda Frutacor, Tropical Nordeste Fruit Agroindústria e Agrícola Famosa e a Federação das Associações do Perímetro Irrigado Jaguaribe-Apodi (Fapija).
As empresas e órgãos públicos são responsabilizados pelo uso indiscriminado de agrotóxicos que estaria contaminando o solo, o lençol freático e os corpos hídricos da região da Chapada do Apodi, incluindo a Bacia Potiguar. A contaminação foi comprovada em 2010 pela própria Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh). Tramita na Assembleia Legislativa do Estado projeto de lei de autoria do deputado Heitor Férrer que proíbe a pulverização aérea no Ceará. O deputado se baseia na situação de Limoeiro do Norte. (Informações: Diário do Nordeste)
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